“Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados.”
(1Pe 3:14a)
Admitamos: a jornada cristã é um imenso desafio. Nossas vidas, se de fato pretendemos
seguir ao Senhor, são marcadas por situações e sentimentos que podem, circunstancialmente, envergar a alma e abater o coração, pois experimentamos a oposição, o ódio, a mentira e a exclusão.
Viver a verdade e lutar por ela em tempos de dissimulação e engano; sonhar com a justiça e praticá-la, quando experimentamos em nós mesmos e ao redor a humilhação, a covardia e a extorsão; conceder o perdão em ambientes que só conhecem a vingança como forma de retribuição; e amar e celebrar a vida nos espaços que apontam para a morte são sinais da felicidade entre nós. Contradições que acompanham aqueles que olham para Jesus.
É assim que podemos compreender que o encanto e o encontro com o evangelho não se tornam significativos por aquilo que recebemos ou possuímos, mas pelo que somos capazes, em Cristo, de oferecer. Esvaziamentos. Entregas permanentes do que somos para o bem comum.
A mensagem do Reino inagura uma nova maneira de interpretar a existência e descobrir a felicidade. Quem sabe, está próximo o tempo oportuno para rever nossas centralidades. Olhar para além do que desejamos conquistar é um primeiro gesto para todos aqueles que pretendem encontrar alegria, paz, serenidade, equilíbrio, humildade e gratidão.
Ao contrário do que muitos afirmam, a felicidade não virá com o muito que recebemos,
porém com tudo que somos capazes de dar
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