sábado, 19 de junho de 2010

O último folheto


Todos os domingos à tarde, depois do culto da manhã, o pastor e seu filho de 11 anos saiam pela cidade e entregavam folhetos evangelísticos.

- Numa tarde de domingo, quando chegou a hora do pastor e seu filho saírem pelas ruas com os folhetos, fazia muito frio lá fora e também chovia muito. O menino se agasalhou e disse:

- Ok, papai, estou pronto. E seu pai perguntou:

- Pronto para quê?

- Pai, está na hora de juntarmos os nossos folhetos e sairmos.

- Seu pai respondeu:

- Filho, está muito frio lá fora e também está chovendo muito.

- O menino olhou para o pai surpreso e perguntou:

- Mas, pai, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva?

- Seu pai respondeu:

- Filho, eu não vou sair neste frio.

- Triste, o menino perguntou:

- Pai, eu posso ir? Por favor!!

- Seu pai hesitou por um momento e depois disse:

- Filho, você pode ir. Aqui estão os folhetos. Tome cuidade, filho.

- Obrigado pai!

- Então ele saiu no meio daquela chuva. Este menino de 11 anos caminhou pelas ruas da cidade de porta em porta entregando folhetos evangelísticos a todos que via.

- Depois de caminhar por duas horas na chuva, ele estava todo molhado, mas faltava o último folheto. Ele parou na esquina e procurou por alguém para entregar o folheto, mas as ruas estavam totalmente desertas. Então ele se virou em direção à primeira casa que viu e caminhou pela calçada até a porta e tocou a campanhia, mas ninguém respondeu. Ele tocou de novo, mais uma vez, mas ninguém abriu a porta. Ele esperou, mas não houve resposta.

- Finalmente, este menino de 11 anos se virou para ir embora, mas algo o deteve. Mais uma vez, ele se virou para a porta, tocou a campanhia e bateu bem forte. Ele esperou e tocou de novo e desta vez a porta se abriu bem devagar. De pé na porta estava uma senhora idosa com um olhar muito triste. Ela perguntou gentilmente:

- O que eu posso fazer por você, meu filho?

- Com olhos radiantes e um sorriso que iluminou o mundo dela, este pequeno menino disse:

- Senhora, me perdoe se eu estou perturbando, mas eu só gostaria de dizer que JESUS a ama muito e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto que lhe dirá tudo sobre JESUS e seu grande amor.

- Então ele entregou o seu último folheto e se virou para ir embora.

- Ela o chamou e disse:

- Obrigada, meu filho!!! E que Deus te abençoe!!!

- Bem, na manhã do seguinte domingo na igreja, o papai pastor estava no púlpito. Quando o culto começou ele perguntou:

- Alguém tem um testemunho ou algo a dizer?
- Lentamente, na última fila da igreja, uma senhora idosa se pôs de pé.

- Conforme ela começou a falar, um olhar glorioso transparecia em seu rosto.

- Ninguém me conhece nesta igreja. Eu nunca estive aqui. Vocês sabem antes do domingo passado eu não era cristã. Meu marido faleceu a algum tempo deixando-me totalmente sozinha neste mundo. No domingo passado, sendo um dia particularmente frio e chuvoso, eu tinha decidido no meu coração que eu chegaria ao fim da linha, eu não tinha mais esperança ou vontade de viver. Então eu peguei uma corda e uma cadeira e subi as escadas para o sótão da minha casa. Eu amarrei a corda numa cadeira e coloquei a outra ponta da corda em volta do meu pescoço.

- De pé naquela cadeira, tão só e de coração partido, eu estava a ponto de saltar, quando, de repente, o toque da campanhia me assustou. Eu pensei: Vou esperar um minuto e quem quer que seja irá embora.

- Eu esperei e esperei, mas a campanhia parecia tocar cada vez mais alta e era mais insistente; depois a pessoa que estava tocando também começou a bater bem forte. Eu pensei: Quem neste mundo pode ser? Ninguém toca a campanhia da minha casa ou vem me visitar.

- Eu afrouxei a corda do meu pescoço e segui em direção à porta, enquanto a campanhia soava cada vez mais alta.

- Quando eu abri a porta e vi quem era, eu mal pude acreditar, pois na minha varanda estava o menino mais radiante e angelical que já vi em minha vida. O seu sorriso, eu nunca poderia descrevê-lo a vocês!

- As palavras que saíam da sua boca fizeram com que meu coração que estava morto há muito tempo saltassem para a vida quando ele esclamou: Senhora, eu só vim aqui para dizer que JESUS a ama muito.

- Então ele me entregou este folheto que eu agora tenho em minhas mãos.

- Então eu subi para o sótão para pegar a minha corda e a cadeira. Eu não iria precisar mais delas. Vocês vêem - eu agora sou uma filha de Deus!

- Já que o endereço da sua igreja estava no verso deste folheto, eu vim aqui pessoalmente para dizer obrigado ao menino que no momento certo livrou a minha alma de uma eternidade no inferno.

- Não havia quem não tivesse lágrimas nos olhos na igreja. O papai pastor desceu do púlpito e foi em direção a primeira fila onde o seu filho estava sentado. Ele tomou o seu filho nos braços e chorou copiosamente.

- Provavelmente nenhuma igreja teve um momento tão glorioso como este, e este universo nunca viu um pai tão transbordante de amor, honra por causa do seu filho........ Exceto um: Este Pai também permitiu que o Seu Filho viesse a um mundo frio e tenebroso. Eçe recebeu o Seu Filho de volta com gozo indescritível, todo o céu gritou louvores e honra ao Rei, o Pai assentou o Seu Filho num trono acima de todo principado e potestade e lhe deu um nome que é acima de todo nome.

Neuraci Jesus
kc.limpeza@uol.com.br
Templo Evangélico Sara o Brasil


Um comentário:

Davi Kindlein Romio disse...

História comovente que chama-nos à responsabilidade com a obra do Senhor. Até quando tentaremos apresentar desculpas para não trabalhar?
Baseando-se nesta história, Karim Breves Costa, em Portugal, adaptou para o teatro, e chamou de PINKINTIN, O PEQUENO HERÓI.
O texto está aqui http://www.teatrocristao.net/texto/pinkintin_o_pequeno_heroi